quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

José Paulo Oliveira fala de "Tambores da Terra Vermelha"

Tambores da Terra Vermelha


jose paulo oliveira
18:24 dia 30/01/2014


Saracura amigo,

                              é gostoso terminar de ler um livro e ficar com a sensação de que esse ato acrescentou alguma coisa ao seu conhecimento, a visão das coisas. Li Tambores da Terra Vermelha e essa percepção foi  mais ampla ainda do que a sentida na leitura dos dos seus livros anteriores, que já foi de grande valia. A facilidade de contar com clareza  suas vivências e os acontecimentos  de algum período de sua vida demonstra um domínio completo da linguagem literária fazendo uso da simplicidade como o assunto requer. Nunca o pedantismo, o rebuscar vazio.
                               A canjicada de Um Final de Tarde é uma aula de rítmo; o pragmatismo de Zé de Pepedo:"Era mais barato arrumar um nova mulher do que tratar da velha doente": a compreensão final de Dominguinhos de Santo Borracha; a ironia em Pabulagem de Maria Rosa; o consolo em Fim de Turno; o desígnio em A Morte da Matriarca. Quem Apanha Nunca Esquece, O Tirador de Figo:ótimos. Sem deixar de assinalar a maneira sutil de tratar coisas mais íntimas. No particular, trouxe-me lembranças de algumas figuras já esquecidas pelo tempo como Antonio de Severo, Fulgêncio, Zeca dos Peixes.

                                   Sem dúvida alguma um belo livro. Parabens

Grande abraço

Paulinho Oliveira

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