quinta-feira, 31 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
Tambores foi lido por Frei Antônio Gois,ofm
Enail do dia 22/10/2013
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Amigo escritor Saracura, embora envergonhado pela demora no envio de minhas
impressões sobre o seu valioso livro TAMBORES da TERRA VERMELHA, estou
inicialmente pedindo mil desculpas. Na minha idade(81 anos), nem sempre faço o
que quero, mas o que me é possível. Além do mais, tenho quase 54 anos de muitas
atividades em 8 estados do nosso imenso Brasil. De outro lado, tenho muito que
me alegrar pelo fato de ainda dispor de energias para tanta atividade,
embora um pouco mais devagar.
Mas, vamos agora ao seu ótimo livro. Eu o li num abrir e fechar de olhos. Ele é
agradável na forma e no conteúdo. É ótimo ocupar-me com livro como este seu.
Deve escrever mais. É tudo assunto sadio. Meus parabéns! Anotei muitas
palavras da gíria local. Aos poucos vou tentar descobrir o significado do que
não conheço. Desde os meus 12 anos de idade, minha vida tem sido muito fora de
Sergipe. A 9 de março do ano passado foi que voltei a Sergipe, disposto a
ser transferido daqui só quando for naquele envelope duro. Será a transferência
dada pelo Pai do céu. Fato é que não conheço todas as palavras da gíria
sergipana e ceboleira.
Durante a leitura, de vez em quando, eu me transportei para o Vale Grande, lá
entre Moita e Capunga. Antes de seguir a caminho da vocação franciscana, passei
muitas vezes pela Terra Vermelha, na direção de Itabaiana. Ia e voltava a pé
com minha mãe.
Eu gosto demais de livro. Se, aos sete anos já tinha uma pequena enxada para o
trabalho, hoje minha "enxada" são os livros para "cavar" e
aprofundar muitos assuntos do meu interesse a serviço da pastoral.Seu livro me
lembrou muito Jorge Amado e seus assuntos sobre o sul da Bahia.
Então, afinal, temos um Jorge Amado sergipano, itabaianense,ceboleiro
da Terra Vermelha. Escreva outros livros! Meus parabéns!
Um abraço de parabéns e incentivo para escrever mais,
Frei Antônio Góis, Ofm.
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Caro Antônio Gois,
Há maior pagamento para o escritor do que ser lido e, mais ainda, saber
que o leitor sentiu-se bem lendo? E ainda mais, o leitor vir contar-lhe que
valeu a pena ter lido o livro?
Muito obrigado. Eu gostei muito de sua mensagem. Me animou a continuar.
Um grande abraço. Sua bênção!
Antônio
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Vladimir Souza Carvalho escreve sobre Tambores
OS TAMBORES DA
TERRA VERMELHA
Vladimir Souza Carvalho ///
Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras.
O
silêncio se quebra porque o barulho é forte. Mas, não é barulho de bomba, nem
de trio elétrico, nem de aparelho de som embutido em carro da mocidade
festeira, nem de buzina de veículo. Aliás, não é nem barulho, mas som ritmado
que os satélites e radares secretos apontam para a Terra Vermelha, embrenhada
na Itabaiana dos nossos amores, e, então, as mensagens, que os serviços de
inteligência trocam, direcionam para o ponto chave: o barulho é provocado por
tambores. Bom, tambores, bem mais marcial, bem mais selvagem que a minha
percepção calculava. Era capaz de jurar por todos os santos que figuram nos
altares da Matriz de Itabaiana que, em verdade, os serviços de inteligência
estão errados: o som não é de um tambor, nem de dois, nem de três, nem de
número algum. Esse som é de uma orquestra sinfônica. E, acrescente-se, não é
barulho, nem som solitário, é música, e, melhor ainda, da boa.
É
assim que encaro Tambores da Terra
Vermelha, último livro de Antonio Francisco de Jesus [Aracaju, Info
Graphics Gráfica e Editora, 2013, 252 pp], continuação implícita da saga
iniciada com Os tabaréus do Sítio
Saracura, superlotado pelos casos vistos e vividos, no desfile de fatos e
de pessoas, na vida monótona e difícil dos que não conseguiam se situar
além de sua propriedade, trazendo à tona ocorrências corriqueiras, como a
aquisição de uma carroça de burro, a compra de um jipe, entre outras, que
ganham sal e pimenta com a sua exposição, como se fossem os fatos mais
fantásticos e inusitados do mundo.
O autor, na pele de quem teve de voar para se
libertar do campo, batiza o narrado como contos. No momento de espremer o
limão, o sumo que cai é outro, na exposição de um cenário com raízes firmadas
na reiteração hoje do dia de ontem, englobando aquilo que, dentro de casa, no interior
da propriedade, nas estradas para Itabaiana, ontem se fixou em sua mente, a
ponto de hoje, transforma-los num excelente prato para a sociologia da história
privada da Itabaiana rural, na abundância de situações e circunstâncias, que
mostram como, até bem pouco tempo, uma família numerosa, como quase todas, se
movia no seu dia a dia e no que ocorria ao seu redor.
Antonio
Francisco de Jesus, de memória privilegiada, é um autêntico filho da Terra
Vermelha, homem que a infância modulou, e nem os estudos em seminário e em
curso superior, nem a vida na cidade grande, nada o libertou da característica
de tabaréu do sítio Saracura. Contudo, se a natureza não lhe concedeu vocação
para, também, como o pai, ser agricultor
e vendedor de farinha na feira do Aracaju, o fez leitor de bons livros, e,
depois de muita leitura, escancarou as portas para a arte de escrever,
enchendo-o de talento para contar as vivências da infância e outras mais, o que
torna sua narrativa mais real e importante, porque é um homem do interior que
fala de seu mundo, sem ocultar nenhuma víscera.
Evidentemente
que Tambores da Terra Vermelha é
muito mais do que essas palavras traduzem. É só lê-lo
para constatar a veracidade do afirmado.
Correio de Sergipe, 28 de setembro de 2013.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Antonio Silva Virman acaba de Ler Tambores da Terra Vermelha
Antonio Silva <virman36@hotmail.com> | 24 de outubro de 2013 19:21 | |
Para: "afjsaracura@ig.com.br Saracura" <afjsaracura@ig.com.br> | ||
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Antonio Francisco de Jesus <afjsaracura@ig.com.br> | 24 de outubro de 2013 20:54 | |
Para: Antonio Silva <virman36@hotmail.com> | ||
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